
O Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, tradicional e popularmente referido apenas como Jardim Botânico do Rio de Janeiro, é um instituto de pesquisas e jardim botânico localizado no bairro do Jardim Botânico, na zona sul do município do Rio de Janeiro, no Brasil.
Uma das mais belas e bem preservadas áreas verdes da cidade, é um exemplo da diversidade da flora brasileira e estrangeira. Nele podem ser observadas cerca de 6 500 espécies (algumas ameaçadas de extinção), distribuídas por uma área de 54 hectares, ao ar livre e em estufas.
A instituição abriga, ainda, monumentos de valor histórico, artístico e arqueológico e a mais completa biblioteca do país especializada em botânica, com mais de 32 000 volumes e o maior herbário do Brasil, com cerca de 650 mil amostras desidratadas completamente informatizadas e disponíveis para o público na página da instituição.
É responsável pela coordenação da Lista de Espécies da Flora do Brasil e pela avaliação de risco de extinção destas espécies.
A sua origem remonta à transferência da corte portuguesa para o Brasil, entre 1808 e 1821. A corte fixou-se na cidade do Rio de Janeiro como sede do Estado do Brasil, fato que propiciou a cidade diversas oportunidades e melhorias. Dentre essas destaca- se a implantação de uma fábrica de pólvora na sede do antigo “Engenho da Lagoa”, de propriedade de Rodrigo de Freitas, cujas ruínas dos muros atualmente integram os limites da instituição.
Por decreto real de 13 de junho de 1808, o Príncipe-regente dom João de Bragança manda tomar posse do engenho e terras denominadas da Lagoa Rodrigo de Freitas para criar naquele espaço o Jardim de Aclimação, com a finalidade de aclimatar as plantas de especiarias oriundas das Índias Orientais: noz-moscada, canela e pimenta-do-reino. No mesmo ano, recebeu o nome de Real Horto.
Os primeiros exemplares de plantas que o integraram vieram do Jardim “La Pamplemousse”, nas ilhas Maurício, pelas mãos de Luiz de Abreu Vieira e Silva, que os ofereceu ao Príncipe-regente. Entre eles encontrava-se a chamada “Palma Mater”.
No ano seguinte a proclamação da república brasileira (1890), passou a ser denominado como Jardim Botânico. A partir de então, receberia diversos visitantes ilustres, como Albert Einstein (maio de 1925) e a rainha Isabel II do Reino Unido (novembro de 1968), entre outros, transformando-se em cartão-postal da cidade. Entre os nomes de pesquisadores que lhe estão ligados destaca-se o de Manuel Pio Correia.
O Jardim Botânico do Rio de Janeiro encontra-se tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1937.
Em 1991, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura considerou-o como Reserva da Biosfera.
Naquele momento, quando o jardim passava por dificuldades de manutenção e conservação, um grupo de empresas públicas e privadas formou-se para auxiliá-lo. Como resultado das parcerias, em 1992 o orquidário e a estufa de violetas foram renovados, além de procedida uma limpeza no lago. Em 1995, foi construído o Jardim Sensorial, com plantas aromáticas e placas indicadoras em braille, permitindo a visitação por deficientes visuais.
Posteriormente, uma nova estufa para as bromélias foi construída. No início do século XXI, o muro do jardim na Rua Pacheco Leão foi demolido, dando lugar a uma grade, melhorando a sua integração paisagística com o bairro.
Como reconhecimento pela sua importância científica, foi rebatizado como Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em 1998, ficando afeto ao Ministério do Meio Ambiente. Em 2002, tornou-se uma autarquia federal.